sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Malala

Estava demorando, ele enlouqueceu de vez!
O que a Malala tem em comum com esses outros?
Onde a semelhança entre eles?

Antes uma pergunta "sem noção":
Saberia me dizer a relação que há entre 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19 e 200?
Satisfeita essa pré-condição, sigamos em frente. Não se preocupe, no final eu digo a relação.
Voltemos aos Nobel da paz, sim?


Vamos recomeçar do principio.
Malala, falávamos dela. Pois bem, ela me há demostrado a perfeição que o Sun Tzu tinha razão. Lembra dele?
No seu livro, escrito mais de 2500 anos atrás, este senhor já dizia:

"Quando cercar um exército, deixe uma saída livre. Isto não significa que permita ao inimigo fugir. O objetivo é faze-lo acreditar que é um caminho para a segurança, evitando que lute com a coragem do desesperado."

Malala e Sun fazem um estranho par de dança, mas continue comigo e veja o desenho da relação. O que o escrito do Sr. Sun nos diz, basicamente é: "o inimigo que não tem nada a perder e' muito mais perigoso. O desespero lhe dá forças que antes não tinha."
E eis aqui onde dança começa.

Malala é cria do seu ambiente. E, como todas as mulheres em quase todas as culturas, ainda hoje, continua lutando para ocupar um espaço igual ao do seu companheiro. Já vimos isso antes e temos atualmente muitos exemplos disso. No caso específico dela, uma luta inglória contra a ignorância e subserviência histórica de eras incontáveis. A inocência que a pouca idade confere e a simplicidade do pedido: educação, mal seriam consideradas ameaças em qualquer outro lugar.
Em qualquer outro outro lugar que não um país controlado por fundamentalistas religiosos.
Bom, quase...

E ainda há a participação espontânea da outra parte, os fundamentalistas religiosos islâmicos. Entra o Talibã (the plot thickens). A interpretação e aplicação literal de dogmas é um caminho complicado e cheio de curvas escorregadias. Isso, quando se obedecem certos critérios de lógica e humanidade, que convenhamos não é o caso em questão. Em nenhum lugar do seu ditado, pois Maomé não sabia ler nem escrever, pregava ele o ódio generalizado e nem a opressão às mulheres. Isto foi o fruto de más-interpretações feitas por gente que sabia menos que ele, e que acabaram adaptando seu livro às suas necessidades imediatas.
Deu no que deu...


Ao assumirem para si o controle da população, pelos motivos que forem, não haveriam de aceitar questionamentos ao seu fraco poder. Ainda mais questões vindas de uma mulher, nada mais longe do círculo de comando. A forma como seria demostrado esta intolerância ou interferência no status quo -para eles- deveria ser exemplar. Com isto evitar-se-iam a multiplicação de futuras tentativas no mesmo calibre.
Talvez nem fosse Malala a principal alvo.
Aconteceu...

Aconteceu de atirarem na cabeça dela para servir de exemplo para as outras meninas que, por ventura, também quisessem educação. Quanta prepotência!
Aconteceu de fazerem um serviço tão covarde, que matar uma menina desarmada lhes deu medo. Tem coisas que Gabriel não ditou a Maomé porque acreditou que todos já sabiam. Amar uns aos outros.
Essa era fácil demais.

Aconteceu que Malala não morreu. Pior, cada gota de seu sangue semeou novas Malalas naquele mesmo chão. E eis aqui onde entra nosso amigo chinês, Sun Tzu, e diz o que disse lá encima. Seus algozes tiraram tudo da menina. Não tinha mais nada a perder. E o desespero não estava mais no menu.
Ela morreu e voltou.
Bateu na trave, se diz no futebol.

Voltou com mais força e uma determinação igual à dos desesperados.
Ganhou prosélitos no ocidente. Ganhou apoios, não somente no seu país, mas (e principalmente) no mundo árabe que ainda hão de crescer e aparecer.
Educação para mulheres? Onde iremos parar?
Daqui a pouco estarão dirigindo automóveis e exigindo direito a voto... 
...
Não, espere... isso elas já fazem.
...



Ahn sim, não esquecí da minha pergunta lá de cima, não.
A resposta é simples: todos começam com a letra "D".
Você não percebeu?

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