sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Hipócrates (24/02)

Primum non nocere!
Primeiro, não farás mal algum. Eita!
Começar o dia com essa de ai, todos os dias, é fogo!
Há dias que dá uma vontade... mas, seja lá o que fizeres, sempre ficará a surpresa ingênua estampada na cara dos outros: Porque fez isso?! Endoidou, foi?! Como as gotas de água que nunca pensam que são culpadas pela inundação.
Fecham-se as portas e as alternativas vão rareando. O nivel desce. Ou sobe, sei lá!
Devemos lembrar que somos (alguns de nós, pelo menos) um pouco mais que macacos.
Não adianta fingir. A coisa não está bem.
É um processo pessoal e intransferível. Mais do que cartão de banco.
So espero que o dia acabe bem, que o dia acabe...

Ben Hur (23/02)

Ontem à noite dei de cara com uma reprise de Ben Hur. Ótimo! Como sempre parece a primeira vez que assisto. Novamente, Antares, Aldebaran, Rigel e Arturo deram tudo de sí para manter o nivel da história. Mas, depois da corrida o filme perde um pouco (mais) do pique. Os motores param e começa a planar na descendente, esperando que após esse nevoeiro todo esteja uma pista à frente.
Para mim há três ou quatro filmes que marcaram (gosto não se discute, gente): El Cid, Ben Hur e Os Dez Mandamentos.
Ok, ok, “Da vida nada se leva” (It’s a Wonderful Life), “América, América!” do Elia Kazan, “Metrôpolis”, “Amarcord”, “Picolino” e “Top Hat” (com Fred Astaire), “Little Miss Marker” e “The Rose” também. Tá bom, essa última foi uma forçada de mão, mas eu gostei, gente! Dos mais recentes não tem nada que me chame a atenção. Assisto e esqueço.
Talvés a velhice também me trouxe o cinísmo.
Alés!
...
De quais filmes vocês gostam?
Vamos comentar?

E o Papa, vai bem? (20/02)

Por mais que reclame, e talvés por causa disso, ainda estou fora da banda larga. No entanto, ontem recebí a cobrança pelos “serviços prestados” pela nossa Teleafônica
“O serviço será re-estabelecido em, no máximo, setenta-e-duas horas, senhor.”
Pois sim, claro.

Vocês têm prestado atenção a como estamos dependentes de alguns serviços essenciais? Luz, água e telefone. E, como não temos alternativa? E ainda, como estes serviços que antes eram prestados pelo Estado, por obra e graça de doutrinas ditas “neo-libertárias” nos vemos presos a monopólios de empresas privadas, nem sempre nacionais?

E, como o Bispo anda ocupado com tanta reclamação? Pois a única alternativa é ir reclamar com o bispo.
"A fila das reclamações está cumprida, meu filho!!"
Paciência...


Desobediência civíl, escreveu alguem faz tempo, e já esquecemos de como fazer valer nossos direitos quando só cobram nossos deveres. Isso não se ensina em sala de aula. E a Lei de Gerson é mais anunciada nas rádios e televisões, com bundas e marombados. Digo; bandas e altos brados.
Modelos mentais, blind spots, paradigmas e significados confusos.
Me pergunto como FCassapo consegue driblar este emaranhado de soluções erradas.
...

Acabo de falar com mais um “atendente” da Teleafônica (e claro, colecionei mais um número de protocolo!) que, após 37 minutos de musiquinha medonha, informou que meu serviço foi cancelado!
Acuma?!!
Cancelado por quem?! Quando?

“É difícil viu, senhor.”
Eu que o diga!!!
Se é difícil para ele que está lá dentro, imagina para mim, mísero mortal pagante!!! Se eu cancelar o pagamento vou parar no sistema como inadimplente perverso?!
Vou, não vou?

Começo a achar que sério mesmo é o Macaco Simão. Sempre achei um insulto pessoal a frase atribuída ao De Gaulle, mas ela me vem à cabeça toda vez que cruzo com situações como esta.
Vai fazer o que?
...
Como está a agênda do Papa?
Amém.

PS
Houve crescimento de desemprego de 8% no mês de janeiro. Deve ser por isso que não tenho minha ligação funcionando. Demitiram o técnico que faria o conserto. Mas, Carnaval está aí, ninguem pensa mais até depois da Semana Santa! Depois vem Pascoa, Semana da Pátria, Natal e Ano Novo.
De novo.



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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Continuum

Pois é, a Telefônica não aceita mais minhas reclamações por serviço cessado. Além de me deixarem ouvindo uma musiquinha pra lá de m... e levarem mais de 45 minutos para atender. É sempre: "O serviço será re-estabelecido em 72 horas, senhor." Esquecem de contar que as horas são medidas pelo dia de Jupiter (Quanto tempo tem um dia em Jupiter?) ou algums dos outros planetas exteriores. Tenho uma coleção de números de protocolo. Devem ser usados como número de loteria ou algo assim. Quem tiver um número que seja produto da razão de Fibonacci terá o serviço executado ainda este ano.
Algo mais o menos assim. Alguem de vocês duvida que o F. Kafka estava escrevendo em seu diário quando encontraram O Processo? Ele também estava tentando falar com alguem do governo e serviços públicos.
Terrível!
Enquanto isso eu estou preso ou incomodo os outros para poder entrar na web.
Até a próxima.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Aviso 2 (02/02)

Continuo fora da rede. E, encontramos mais problemas. Pelo visto isto será assim até não sei quando. Ligações cortadas, fios sem passar, coisa de pedreiros. Telefone e NET, mudos. Por um lado é bom, assim me dedico mais a escrever meus trabalhos. Por outro lado, meu trabalho acumula e as explicações terão que ser à altura.
Não gosto nadica disto.
Peço desculpas. Trabalharei dobrado quando conseguir por a casa em ordem.

Previsões (29/01)

Acabo de escutar na rádio que houve um zilhão (liberdade poética, gente) de perda de vagas de emprego de carteira assinada.
Hmm... ficou confuso.

Vamos começar de novo: houve um fechamento de cerca de 100 mil vagas de emprego com carteira assinada no mês de dezembro de 2008.
É, assim ficou melhor.
Não que a informação seja boa. A construção da frase melhorou.
Não sou doido de comemorar desempregados não, gente.
...

Estive pensando; eu trabalho com intangíveis. Informação.
Faço (entre outras coisas) apresentações. Dou forma à informação dos outros. Parece que me afasto cada vez mais de mim mesmo, não?
Até minha esposa tem problemas de entender o que faço para (sobre)viver.
Já pensou se eu fosse meteorologista?


Por força da própria função sou um nefelibata da linha fractalista. Não posso ter forma definida e, ainda, a forma do meu produto pode ser mudada sem aviso prévio, não necessariamente duas vezes a mesma. Isto, às vezes é chamado de criatividade. Para cada cliente uma forma diferente.
As vezes tenho que convencer o cliente que usar suas próprias asas para voar é muito melhor do que acompanhar cânones ou padrões predeterminados. Tem produto que merece o esforço. Começo sempre por aqui. É muito interessante ver um produto, uma ideia nova sendo apresentada pela primeira vez.

Entenda-se produto como qualquer coisa entre o lançamento de um grupo de prédios até apresentação de um novo método de massagem para senhoras num spa com vistas para o mar.

Qual será a medida para as empresas saírem da atual crise financeira?
Que tal lançar produtos novos, inovadores? Que tal melhorar os processos de produção usando o conhecimento dos colaboradores. Ser resilientes à crise, enfim.

De fato, já deveriam ter posto as barbas de molho faz tempo.
Tem mais de 2 anos que esta situação era anunciada. Se não fizeram nada, é melhor trocar a gerência, não acabar com o trabalhador do chão da fábrica. Estes continuaram trabalhando enquanto os gestores contavam lucros e não enxergavam 5 anos à frente.


É melhor eu parar por aqui.
Fico tentado a fazer proselitismo barato.
Mas poderíamos continuar conversando muito mais.

Cansaço 2 (28/01)

De fato continuo dolorido, mas melhor do que ontem.Ontem me sentia um zumbí, ou melhor não sentia nada. Hoje, sinto muito. Deu para descobrir que não sou dado a exercícios físicos muito extenuantes, nê? Comecei a suar e mostrar meio metro de língua, pra mim já deu o que tinha que dar. Isso de correr em três maratonas na mesma semana para mim é coisa de ficção científica. Bunitinho, mas não existe! Tá lôco!! Quer morrer na metade do tempo regulamentar, é? Eu vou até os últimos descontos do tempo parado.

Cansaço (27/01)

Hoje (3ª-feira) fizemos finalmente nossa mudança para a casa nova. Me pergunto quando foi que arranjamos tanta tranqueira! É descomunal a quantidade de troços e badulaques sem nenhuma importância ou utilidade que insistimos em carregar conosco pela vida afora. Além do peso, o espaço ocupado por esses penduricalhos é enorme. Como alguem em sã consciência coleciona tantas inutilidades na vã esperança de que um dia venham a ser úteis. De alguma forma... qualquer forma.
Como nossos modelos mentais conseguem encontrar uma lógica para justificar esta situação?
Estou moído de cansaço. Tem lugares que nem sabia que tinha que estão me doendo. Ou, como diz a canção: “I’m aching on places I used to play”. Aquele sofa tão confortável sou capaz de trocar por um tatami sem pensar duas vezes. E, na hora de colocá-lo dentro de casa parece que o danado inchou mais rápido que um zodiac* e não havia porta que fosse do seu tamanho. Mesmo aquela porta veneziana que tivemos que derrubar meia parede para colocar. Me passou pela cabeça até, atacar o sofá a machadadas e transformá-lo em duas poltronas no mais puro estílo Pós-Bagdá! Ou, quem sabe, alguma coisa reclinável?
E a seção bibelós e outros trecos de tamanho e formas variados que a gente gruda nas viagens, então? Das viagens, de agora em diante, só iremos trazer boas lembranças e fotos digitais. Agora sei de onde que as crianças vão arranjar “prendas” nas próximas Festas Juninas. E não vou aceitar devoluções, nem que os pais tragam as crias chorando pelas orelhas! Ahn, me aguardem... amanhã faço uma lista de Schindler ao contrário. De tudo o que vou me desfazer!
Amanhã, pois hoje estou um caco!

*Zodiac é um tipo de bote inflável automático usado em salvamentos pela Marinha de vários países.

Aviso

Estive/estou durante vários, muitos dias sem telefone, internet, televisão, etc, devido à mudança e a chuva que impediu que serviços fossem ligados. Por isso tenho vários dias para colocar em ordem e atualizar. Colocarei as datas entre parêntesis. Obrigado.